Os primeiros experimentos com infravermelho

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Os primeiros experimentos com infravermelho
15 de abril de 2020

Nos últimos dias eu peguei meu HD de fotos e resolvi dar uma limpa e organizada nele. As fotos em si estavam já separadas por pastas e por data, mas nelas haviam muitas imagens que não havia tratado ou que não apaguei as descartadas. Para salvar um pouco de espaço nele, dediquei um tempo a dar um jeito nisso e assim encontrei algumas imagens de agosto de 2013. Foi por volta dessa época que comecei a fazer experimentos com o infravermelho.

Não havia ainda feito a conversão na minha máquina, então utilizava um filtro na frente da lente para bloquear a luz visível e assim deixar só o infravermelho passar. Mas como a câmera já possui um filtro que bloqueia o infravermelho, tinha que fazer longas exposições para conseguir registrar algo.

As imagens desse post foram registradas com exposições de 2 a 3 minutos e feitas no jardim do Museu do Ipiranga e no Parque da Independência. A primeira, acima, é o Museu. Não entendi até hoje o porque daquela “aurora” reta verde na parte superior da imagem. Não sei se o filtro estava rosqueado errado ou algo projetou alguma sombra que gerou esse efeito, mas ficou interessante.

Abaixo temos a visão do jardim, vista da mureta do Museu. Uma das coisas a se perceber nas fotos é a dificuldade em focar as imagens já que é necessário focar primeiro, então rosquear o filtro e ai fazer a exposição. Em algumas vezes ao realizar essa tarefa, o anel de foco da lente acaba se mexendo um pouquinho, o suficiente para que a imagem desfoque. Mas também tem o lado de que ao fazer a longa exposição, as árvores acabam por se mexer devido ao vento.

Quando o vento colabora e você consegue apoiar a câmera em uma superfície mais estável, é possível registrar a imagem sem tanto desfoque, como a abaixo. Nesse lugar ventava menos e o local onde a câmera estava apoiada era mais reta. Eu não levei um tripé já que ali havia diversos locais onde simplesmente poderia apoiar o equipamento.

E se possível, carregar menos peso sempre é bom.

No canto esquerdo da imagem tem um desfoque de uma pessoa que passou rapidamente por ali. Lembro vagamente que ela chegou, encostou e saiu, coisa de 10 a 20 segundos, mas o suficiente para gerar um rastro fantasmagórico na imagem.

A tal “aurora” esverdeada na parte superior também apareceu nessa imagem que tentei fazer da árvore abaixo. Um detalhe é que todas as imagens foram feitas com um filtro de 850nm, por isso a quase total ausência de cor já que a partir desse comprimento de onda, você já está bem no infravermelho. Existem filtros de 950nm que geram um preto e branco mais forte. Essas imagens ainda tem um tom meio roxeado, mas que pode ser editado para ser removido.

Na época não sabia desses detalhes então, deixei as imagens sem muitas edições, exceto um leve ajuste de contraste aqui e ali e uma redução de ruído, pois essa é outra coisa que acaba sendo gerada nessas imagens se não tomar cuidado com o ISO. Há mais ruídos que em imagens normais.

Depois de converter a câmera, nunca mais fiz fotos em infravermelho dessa forma. Deveria tentar dia desses para ver como sairiam os resultados. E, adquiri um filme sensível a infravermelho que pretendo usar, assim que descobrir como faz para utilizá-lo.

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